sábado, diciembre 06, 2008

Variações sobre o tema da essência

(Três movimentos em busca da música)

C'est aussi simple qu'une phrase musicale.
Rimbaud

I

Foi no instante em que o luar desceu da face do Cristo como um velário
E na madrugada atenta ouviu-se um choro convulso de criança despertando
Sem que nada se movesse na treva entrou violentamente pela janela um grande seio branco
Um grande seio apunhalado de onde escorria um sangue roxo e que pulsava como se possuísse um coração.
Eu estava estendido, insone, como quem vai morrer - o ar pesava sobre mim como um sudário
E as idéias tinham misteriosamente retornado às coisas e boiavam como pássaros fora da minha compreensão.
O grande seio veio do espaço, veio do espaço e ficou batendo no ar como um corpo de pombo
Veio com o terror que me apertou a garganta para que o mundo não pudesse ouvir meu grito (o mundo! o mundo! o mundo!...)
Tudo era o instante original, mas eu de nada sabia senão do meu horror e da volúpia que vinha crescendo em minhas pernas
E que brotava como um lírio impuro e ficava palpitando dentro do ar.
Era o caos da poesia - eu vivia ali como a pedra despenhada no espaço perfeito
Mas no olhar que eu lançava dentro de mim, oh, eu sei que havia um grande seio de alabastro pingando sangue e leite.
E que um lírio vemelho hauria desesperadamente como uma boca infantil da dor.
Voavam sobre mim asas cansadas e crepes de luto flutuavam - eu tinha embebido a noite de cansaço
Eu sentia o branco seio murchar, murchar sem vida e o rubro lírio crescer cheio de seiva
E o horror sair brandamente pelas janelas e a aragem balançar a imagem do Cristo pra lá e pra cá
Eu sentia a volúpia dormir ao canto dos galos e o luar pousar agora sobre o papel branco como o seio
E a aurora vir nascendo sob o meu corpo e ir-me levando para as idéias negras, azuis, verdes, rubras, mas também misteriosas.
Eu me levantei - nos meus dedos os sentidos vivendo, na minha mão um objeto como uma lâmina
E às cegas eu feri o papel como o seio, enquanto o meu olhar hauria o seio como o lírio.
O poema desencantado nascia das sombras de Deus...

II

Provei as fontes de mel nas cavernas tropicais... ( - minha imaginação, enlouquece!)
Fui perseguido pelas floras carnívoras dos vales torturados e penetrei os rios e cheguei aos bordos do mar fantástico
Nada me impediu de sonhar a poesia - oh, eu me converti à necessidade do amor primeiro
E nas correspondências do finito em mim cheguei aos grandes sistemas poéticos do renovamento.
Só desejei a essência - vi campos de lírios se levantarem da terra e cujas raízes eram ratos brancos em fuga
Vi-os que corriam para as montanhas e os persegui com a minha ira - subi as escarpas ardentes como se foram virgens
E quando do mais alto olhei o céu recebi em pleno rosto o vômito das estrelas menstruadas - eternidade!
O poeta é como a criança que viu a estrela. - Ah, balbucios, palavras entrecortadas e ritmos de berço. De súbito a dor.

Ai de mim! É como o jovem que sonhando nas janelas azuis, eis que a incompreensão vem e ele entra e atravessa à toa um grande
[corredor sombrio
E vai se debruçar na janela do fim que se abre para a nova paisagem e ali estende o seu sofrimento (ele retornará...)
Movimentos de areia no meu espírito como se fossem nascer cidades esplêndidas - paz! paz!

Música longínqua penetrando a terra e devolvendo misteriosamente a doçura ao espelho das Iâminas e ao brilho dos diamantes.
[homens correndo na minha imaginação - por que correm os homens?
O terrível é pensar que há loucos como eu em todas as estradas
Os faces-de-lua, seres tristes e vãos, legionários do deserto
(Não seria ridículo vê-los carregando o sexo enorme às costas como trágicas mochilas - ai! deixem-me rir...
Deixem-me rir - por Deus! - que eu me perco em visões que nem sei mais...)
É Jesus passando pelas ruas de Jerusalém ao peso da cruz. Nos campos e nos montes a poesia das parábolas. Vociferações, ódios,
[punhos cerrados contra o mistério. Destino.
Oh, não! não é a ilusão enganadora nem a palavra vã dos oráculos e dos sonhos
O poeta mentirá para que o sofrimento dos homens se perpetue.

E eu diria… "Sonhei as fontes de mel…"

III

Do amor como do fruto. (Sonhos dolorosos das ermas madrugadas acordando…)
Nas savanas a visão dos cactos parados à sombra dos escravos - as negras mãos no ventre luminoso das jazidas
Do amor como do fruto. (A alma dos sons nos algodoais das velhas lendas…)
Êxtases da terra às manadas de búfalos passando - ecos vertiginosos das quebradas azuis
O Mighty Lord!
Os rios, os pinheiros e a luz no olhar dos cães - as raposas brancas no olhar dos caçadores
Lobos uivando, Yukon! Yukon! Yukon! (Casebres nascendo das montanhas paralisadas…)
Do amor como da serenidade. Saudade dos vulcões nas lavas de neve descendo os abismos
Cantos frios de pássaros desconhecidos. (Arco-íris como pórticos de eternidade…)
Do amor como da serenidade nas planícies infinitas o espírito das asas no vento.
O Lord of Peace!

Do amor como da morte. (Ilhas de gelo ao sabor das correntes…)
Ursas surgindo da aurora boreal como almas gigantescas do grande-silêncio-branco
Do amor como da morte. (Gotas de sangue sobre a neve…)
A vida das focas continuamente se arrastando para o não-sei-onde
- Cadáveres eternos de heróis longínquos
O Lord of Death!

Rio de Janeiro, 1935

Vinícius de Moraes

Haría falta 10 veces menos dinero para terminar con el hambre mundial


“Más grave que asaltar un banco es fundarlo.”
Bertolt Brecht, en La ópera de los tres centavos.

“Yo creo que las instituciones bancarias son más peligrosas para nuestras libertades que los ejércitos permanentes.”
Thomas Jefferson, presidente de los Estados Unidos.

“Al capital le horroriza la ausencia de beneficio. Cuando siente un beneficio razonable, se enorgullece. Al 20% se entusiasma. Al 50% es temerario. Al 100% arrasa todas las leyes humanas y al 300% no se detiene ante ningún crimen.”
Karl Marx.

“Yo tengo dos enemigos: el ejército sureño en el frente y los banqueros en la retaguardia. De los dos, el de la retaguardia es mi gran enemigo. (…) Las corporaciones han sido entronizadas, sobrevendrá una era de corrupción a altos niveles. El poder del dinero en el país se esforzará por prolongar su reinado trabajando en perjuicio del pueblo hasta que la riqueza sea concentrada en las manos de unos pocos y la república será destruida.”
Abraham Lincoln, presidente de los Estados Unidos.

“Amigos, vayamos al grano. El mayor robo en la historia de este país se está llevando a cabo mientras usted lee esto.”
Michael Moore.

No es casual que los primeros banqueros de la historia, en el siglo XVII antes de Cristo, hayan sido los sacerdotes: el dinero es una cuestión de fe. La aparición de la moneda metálica trajo también a los cambistas, y fueron los griegos quienes comenzaron a hacer préstamos con cobro de intereses. Los romanos lo llamaron “mutuum”, nombre que saltó las barreras del tiempo y hoy se mantiene: mutuo. El interés romano promedio era 6% al año, 12 para los “préstamos marítimos” y 3% para las iglesias. El primer banco, en 1407, tiene en su insignia a un santo en batalla contra un dragón: el Ufficio di San Giorgio in Genoa.

Ahora Inglaterra nacionalizó la banca y Estados Unidos aplicará parcialmente una respuesta similar. ¿Déjà vu socialista? ¿Marxismo súbito? Exactamente al revés: apoyar a Wall Street es –como sintetizó Michael Moore en su página web– darle las llaves del gallinero al lobo. Lo curioso del asunto es que Bush se atragantó con 700.000 millones y “el mercado” pide más. Las bolsas siguen en caída libre. La codicia que alimentó las hipotecas subprime e infló la burbuja se mantiene ahora, cuando reparten los botes salvavidas: queremos un bote por banquero. Sólo un bote, no. Lo queremos con radio y minibar. La Argentina guarda en el punto una triste memoria que fue confundida hasta la vergüenza ajena por Cris cuando, en plena Madre Patria, aseguró: “La Argentina no necesita Plan B”. Cris cree que el mundo, que como todo el mundo sabe es un pañuelo, puede mantener los mocos de un solo lado.

Aquí un día los bancos robaron a las abuelitas y luego Escasany y tantos otros se golpearon el pecho y finalmente recibieron dinero del Estado para compensar a las abuelitas con su propia plata. Esto es: les robaron sus ahorros para devolverles sus impuestos. Los bancos son como los tinteros involcables; a ese punto representan una metáfora del sistema. No pueden caerse. Pueden desmoronarse las fábricas textiles, las automotrices, las empresas constructoras o de servicios, los comedores, la Pirámide de Keops, pero no los bancos. Si caen los bancos se derrumba la fe.

¿Qué pasaría si mañana, por ejemplo, todos los ahorristas del Banco de Galicia acudieran a pedir su dinero? No podrían retirarlo. Es lógico –dicen los economistas–, ningún banco tiene el total de sus depósitos, es dinero con el que “trabajan”. Lo que depositamos en el banco es pura psicología: confianza. Entregamos ahorro (trabajo) a cambio de un valor abstracto: confianza en el señor Escasany a quien, afortunadamente, no conocemos. Las crisis financieras son, entonces, como los terremotos: los gobiernos y los medios las tratan como crisis naturales, malas jugadas del Destino, errores de la Naturaleza, tragedias en las que nunca, nunca, hay culpables.

PRIMEROS MOVIMIENTOS SÍSMICOS INADVERTIDOS. A comienzos de los ochenta la Madre Patria (Estados Unidos, claro) comenzó su etapa Gordon Gekko, aquel personaje de Wall Street interpretado por Michael Douglas: el país comenzó a vivir a crédito para sostener una situación económica artificial; las empresas se endeudaron por encima de sus posibilidades, el Estado hizo lo mismo y gastó en nuevas guerras y los ciudadanos siguieron la misma conducta. Entre 2002 y 2005 los republicanos tuvieron como objetivo combatir la recesión y lo hicieron estimulando el crédito: la Reserva Federal mantuvo la “tasa de interés de referencia” debajo del 2% y los bancos saltaron a conseguir el mayor número de clientes posibles. Lo importante era entregar un crédito, ya verían cómo cobrarlo. Estas hipotecas de segunda categoría fueron bautizadas subprime. Los bancos minoristas vendieron sus carteras de hipotecas a los bancos de inversión (las “securitizaron” o “estructuraron”) que las transformaron en bonos; algunos con bajo interés (los paquetes de hipotecas “confiables” y otros con alta tasa (las hipotecas de desocupados, etc.). Como sucede en las mejores verdulerías del ramo, los paquetes no era homogéneos: a veces las subprime estaban mezcladas con sub-subprime, pero aplicando una vieja regla de Wall Street, “en el montón colaban” y las calificadoras (Standard & Poor’s, Moody’s, Fitch) entregaban las cucardas de AAA a esos bonos. Cuando algo es AAA, como las pilas, nadie pregunta nada. El negocio ya era increíblemente redituable: uno tenía un buen racimo de pobres endeudados de Nueva Orleans comprando su pequeña casita que nunca podrían pagar pero todos con el sello AAA en la frente, y los bancos de inversión (Goldman Sachs, Morgan Stanley, Merrill Lynch, Lehman Brothers o Bear Sterns) ganaban, por ejemplo en 2006, 130.000 millones de dólares en el negocio de los bonos. En el caso de las inversiones que no resultaban tan redituables se las “apalancaba” (leverage). Atención, niños: uno tiene un business que le dejará 3%, si invierte 100 pesos ganará 3 en un año. Pero uno, queridos niños, puede “apalancarse” (cualquier cosa con tal de no laburar) o sea pedir 900 pesos prestados. Entonces invierte 1.000 y, al final del año, gana 30 pesos (el 3% de 1.000). Después devuelve los 900 que pidió prestados y en un año uno termina ganando 30 cuando arrancó con 100, o sea ha ganado el 30%. Encantador, aunque riesgoso, porque el apalancamiento multiplica las ganancias pero también las pérdidas: Bear Sterns, antes de quebrar en marzo, debía 35 veces lo que tenía, y las otras empresas entre 20 y 22 veces. El “manual del especulador financiero” afirma que lo ideal es mantenerse entre las 12 y 15 veces, no más.

Las hipotecas se tomaban a tasa de interés variable y en junio de 2004 la Fed empezó a subir las tasas para “enfriar” la economía que antes había calentado. Entonces comenzaron a crecer las deudas y la morosidad. Los que compraron las hipotecas les reclamaron a los bancos que no pudieron responder porque sus clientes no pagaban las cuotas.

Finalmente, nadie tuvo la culpa de nada.

“La dinámica de las burbujas de mercado no es delito –le dijo Claudio Loser, ex director del Departamento del Hemisferio Occidental del FMI, a Crítica de la Argentina–. Nadie habla de delito cuando las cosas van bien, sólo cuando se vuelven en contra, lo cual es muy cómodo. Por cierto hay acciones judiciales en contra de aquellos que hicieron operaciones hipotecarias de mala fe, los corredores que colocaban hipotecas sin preocuparse de los ingresos de los deudores.”

–“Los controles del Estado no intervinieron porque “casi” todo era legal –dice Hernán Iglesias Illa, autor de Golden Boys, vivir en los mercados, un retrato de jóvenes brokers argentinos que triunfaron en Wall Street–. Digo “casi” todo porque hay casos de vendedores de hipotecas que mintieron sobre la capacidad de pago de los que compraban. Y en los 90 el gobierno de Clinton, queriendo fomentar los préstamos, relajó las reglas para las hipotecas de Fannie y Freddie.”

“Las tasas eran bajísimas –recuerda Iglesias Illa–. Los bancos te prestaban el 100% del valor de la casa sin presentar ningún papel.”

–¿Cómo puede ser que los bancos tenían noticias de esta crisis desde 2007 y los miembros del Tesoro no hayan tomado ninguna medida hasta 2008 con la caída de Bear Sterns? –se pregunta ante este diario un ex banquero de Nueva York.

Un artículo de The Observer del 18 de marzo de 2007 da cuenta del desinfle del boom inmobiliario: “Uno de cada ocho propietarios de los Estados Unidos no ha podido pagar su cuota, con dolorosas consecuencias para los bancos, entre ellos el HSBC”, dice. En agosto American Home Mortgage, que había negociado 59.000 millones en crédito, anunció el despido del 90% de su personal (7.400 personas) y declaró su quiebra dos días después. El 14 de septiembre el Banco de Inglaterra salva al privado Northern Rock, porque los ahorristas querían retirar en masa su dinero, y en octubre el UBS, el mayor banco suizo, anunció una depreciación de activos de 2.400 millones de euros. Y luego la debacle fue geométrica. Frente al Congreso, el plan inicial de Bush tenía tres carillas. Finalmente la propuesta del Tesoro fue de 451 páginas, por 700.000 millones, e insuficiente.

“El fin de este plan de rescate –escribió Michael Moore– es proteger la cantidad de riqueza obscena que se acumuló en el país en estos ocho años.” Moore propuso que el Congreso acuse criminalmente a Wall Street, que 400 americanos ricos pongan en marcha planes de austeridad personal, que un directivo de empresa no cobre 400 veces más que su empleado y que, si el gobierno les presta dinero, se lo cobre con intereses.

UNA OBVIEDAD Y UNA PARADOJA. El mundo tiene 6.000 millones de habitantes. Dos mil setecientos millones son pobres, 923 millones tienen hambre. De esos 923 millones, 300 millones son niños y 18.000 mueren cada día.

–Lejos de descender, la cantidad de hambrientos en el mundo actualmente está creciendo a un ritmo de cuatro millones por año –dice la presentación del Informe Anual de la FAO (Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación).

Reducir a la mitad la proporción de personas hambrientas para 2015 costaría 150.000 millones de dólares, la mitad de lo que le costó al gobierno de Bush salvar de la quiebra a las compañías Fannie Mae y Freddie Mac y a la aseguradora AIG.

Según la fundación española La Caixa, erradicar la pobreza del mundo costaría 10 veces menos que el plan de rescate financiero. Su director, Jaime Lanaspa, aseguró que “es mucho más rentable en términos humanos destinar esos fondos a combatir el hambre que a rescatar operaciones de entidades que no han sido suficientemente responsables, transparentes y probablemente legítimas en su trabajo”.

Una nota firmada el jueves pasado por nuestro redactor Rodolfo Palacios da cuenta de la paradoja: un pibe de 16 podría ser condenado hasta diez años de prisión por robar golosinas en un maxikiosco de Villa Urquiza: dos cajas de Tita, dos de Rhodesia, tres de Bon o Bon, una de alfajores Dulce Reina, tres bolsas de caramelos Arcor, cinco paquetes de galletitas Sonrisas, cinco de Merengadas, cinco de Mellizas y cinco de Diversión.
"La verdad es siempre revolucionaria." - Vladimir Lenin

"Podrán cortar todas las flores, pero nunca detendrán la primavera."- Pablo Neruda

"Es más fácil desintegrar un átomo que un prejuicio." - Albert Einstein

"La democracia es una forma de gobierno en la que cada cuatro años se cambia de tirano." - Vladimir Lenin

"El socialismo económico sin la moral comunista no me interesa." - Ernesto "Che" Guevara

"Luchamos contra la miseria pero al mismo tiempo luchamos contra la alienación." - Ernesto "Che" Guevara

"El capitalismo es el genocida más respetado del mundo." - Ernesto "Che" Guevara

"Hasta la Victoria Siempre. ¡VENCEREMOS!" - Ernesto "Che" Guevara

"No te fíes de ningún patrón, el mejor es un cabrón." - Anonimo

"El arte y la cultura forman otro frente de lucha; escritores y artistas son sus soldados." - Leon Trotsky

"La rueda de la historia gira y seguirá girando hasta el triunfo definitivo del Comunismo." - Jorge Dimitrov

"Quienes negaron la libertad para defender sus privilegios no pueden reclamarla ahora para intentar recuperarlos." - Jose de San Martin

"Los que niegan la libertad a los demás no se la merecen ellos mismos." - Abraham Lincoln

"El que no cambia todo no cambia nada." - Vladimir Lenin

"De qué sirve la vida de un hombre cuando esta en peligro la humanidad." Ernesto "Che" Guevara

"Nuestra revolución comenzó con 82 hombres. Si tuviera que hacerlo de nuevo, me encantaría hacerlo con 10 o 15 y absoluta fe. No importa lo pequeños que son si usted tiene fe y el plan de acción." - Fidel Castro

"Nunca vi una contradicción entre las ideas que me sostienen y las ideas de ese símbolo, de esa extraordinaria figura, Jesucristo." - Fidel Castro

"Si alguna vez hubo en la historia de la humanidad un enemigo que es verdaderamente universal, un enemigo cuyos actos mueve problemas para todo el mundo, pone en peligro al mundo entero, ataque a todo el mundo, de una forma o de otra, y que ese enemigo sea verdaderamente universal, ese enemigo es precisamente el imperialismo yanqui." - Fidel Castro

"Ni un paso atrás. Ni para tomar impulso." - Fidel Castro

"El arte no es un espejo para reflejar la realidad, sino un martillo para darle forma." - Bertolt Brecht

"El hombre que no debe seguir tal como es, es necesario verlo también como podría ser y acostumbrarse a esa visión." - Bertolt Brecht

"El peor analfabeto es el analfabeto político. No oye, no habla, no participa de los acontecimientos políticos. No sabe que el costo de la vida, el precio de los frijoles, del pan, de la harina, del vestido, del zapato y de los remedios, dependen de decisiones políticas. El analfabeto político es tan burro que se enorgullece y ensancha el pecho diciendo que odia la política. No sabe que de su ignorancia política nace la prostituta, el menor abandonado y el peor de todos los bandidos que es el político corrupto, mequetrefe y lacayo de las empresas nacionales y multinacionales." - Bertolt Brecht

"Estar contra el fascismo sin estar contra el capitalismo, rebelarse contra la barbarie que nace de la barbarie, equivale a reclamar una parte del ternero y oponerse a sacrificarlo." - Beltolt Brecht

"Señores, no estén tan contentos con la derrota de Hitler. Porque aunque el mundo se haya puesto de pie y haya detenido al Bastardo, la Puta [el capitalismo] que lo parió está caliente de nuevo." - Beltolt Brecht

"El que no conoce la verdad es simplemente un ignorante. Pero el que la conoce y la llama mentira, ¡ese es un criminal!" - Beltolt Brecht

"¿Qué delito es el robo de un banco comparado con el hecho de fundar uno?" - Beltolt Brecht

"Quienes contraponen liberalismo y socialismo, o no conocen el primero o no saben los verdaderos objetivos del segundo." - Pablo Iglesias

"No puede volver a dormir tranquilo aquel que una vez abrió los ojos." - Mayo francés del ‘68

"Sólo los peces muertos nadan con la corriente." - Anonimo

"La libertad no es negociable." - Jose Marti

"En vano las intenciones del gobierno serán rectas, en vano harán grandes esfuerzos por el bien público, en vano provocarán congresos y atacarán las reliquias del despotismo, si los pueblos no se ilustran, si cada hombre no conoce lo que vale, lo que puede y lo que sabe, nuevas ilusiones sucederán a las antiguas y después de vacilar algún tiempo, será, tal vez, nuestro destino cambiar de tirano sin destruir la tiranía. (Mariano Moreno)
· Los jóvenes no pueden elegir libremente su profesión, porque las condiciones de nacimiento del hombre predeterminan su profesión, así como, en sentido general, su concepción del mundo." - Karl Marx

"La Revolución no es algo fijado en una ideología, ni es algo que está de moda en una década. Es un proceso perpetuo incrustado en el espíritu humano. (Abbie Hoffman)
· El capitalista te vende hasta la soga con la que lo vas a ahorcar. (Michael Moore)
· Toda ciudad, por pequeña que sea, está dividida de hecho en dos: una es la ciudad de los pobres y la otra es la ciudad de los ricos. Ambas están en guerra entre sí. (Platón)
· La historia de todas las sociedades es la historia de la lucha de clases." - Karl Marx y Friedrich Engels

"Moderado es interesante palabra. Es la palabra que utilizan los explotadores para definir a quienes se pliegan a sus exigencias." - Ernesto "Che" Guevara

"Sabemos que la socialdemocracia se considera el doctor democrático del capitalismo. Nosotros, los comunistas, somos sus enterradores revolucionarios. (León Trotsky)
· Han escrito miles de metros cúbicos de libros contra Marx, y Marx está más vivo que todos los que intentaron superarlo." - Darcy Ribeiro

Fuente: http://socialismoactual.blogspot.com/2008/03/frases-revolucionarias.html

Diez décimas de saludo al público argentino (ALFREDO ZITARROSA)


Allá en mi pago hay un pueblo
que se llama no-me-olvides;
quien lo conozca que cuide
su recuerdo como gema,
porque hay olvidos que queman
y hay memorias que engrandecen,
cosas que no lo parecen,
como el témpano flotante,
por debajo son gigantes
sumergidos, que estremecen.

Mi pueblo es un mar sereno
bajo un cielo de tormenta:
laten en su vida lenta
los estrépitos del trueno.*
Pudo engendrar en su seno
las montoneras de otrora
y cuando llegue la hora,
mañana, también podrá
clavar a su voluntad**
mil estrellas en la aurora.

No hay cosa más sin apuro
que un pueblo haciendo la historia.
No lo seduce la gloria
ni se imagina el futuro.
Marcha con paso seguro,
calculando cada paso
y lo que parece atraso
suele transformarse pronto
en cosas que para el tonto
son causa de su fracaso.

Mi pueblo no es argentino,
ni paraguayo ni austral;
se llama “Pueblo Oriental”
por razón de su destino.
Pero recorre el camino
de sus hermanos amados,
el de tantos humillados,
el de América morena
la sangre de cuyas venas
también late en su costado.

Mi pueblo no estuvo ausente
ni mucho menos de espaldas
a la trágica y amarga
historia del continente.
Fuimos un balcón al frente
de un inquilinato en ruinas
–el de América Latina
frustrada en malos amores–
cultivando algunas flores
entre Brasil y Argentina.

Pero mucho no duraron
las flores en el balcón
el rosquero y su ambición,
imprudente, las cortaron.
Y fueron las mismas manos
que arruinaron el vergel,
las que acabaron con él,
las que hoy muestran, codiciosas,
en vez del ramo de rosas
unas flores de papel.

No falta el bobalicón
nostálgico del jardín,
pero entre todos el ruin
es el que trajo al ladrón;
ése no tiene perdón:
si protegen sus ganancias
la decencia y la ignorancia
del pueblo, son sus amores;
no encuentra causas mejores
para comprarse otra estancia.

Ése sí no es oriental,
ni gringo, ni brasilero;
su pasión es el dinero
porque es multinacional.
Mentiroso universal
desde que vino Hernandarias,
piensa en sus cuentas bancarias
ponderando a los poetas
que hacen con torpes recetas
canciones estrafalarias.

Así pues no habrá camino
que no recorramos juntos.
Tratamos el mismo asunto
orientales y argentinos,
ecuatorianos, fueguinos,
venezolanos, cusqueños,
blancos, negros y trigueños
forjados en el trabajo,
nacimos de un mismo gajo
del árbol de nuestros sueños.

Y ahora reciban, señores,
un saludo fraternal;
dice mi Pueblo Oriental:
ya vendrán tiempos mejores.
Cifra de nuestros amores
poncho patria en el espanto
de mi pueblo y sus quebrantos
no les puedo conversar,
sólo les quise entregar
su corazón con mi canto.

* En la versión grabada en México, en 1980, dice “y a veces hace de cuenta / que ‘el mundo es ancho y ajeno’”.
** En la versión grabada en México, en 1980, dice “sembrar a su voluntad”.

Un pequeño homenaje a una grande e inolvidable.

Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
es como decifrar signos sin ser sabio competente
volver a ser de repente tan frágil como un segundo
volver a sentir profundo como un niño frente a Dios,
eso es lo que siento yo en este instante fecundo.
Se va enredando enredando, como en el muro la hiedra
y va brotando, brotando como el musguito en la piedra
como el musguito en la piedra, ay si, si, si
Mi paso retrocedido, cuando el de ustedes avanza
el arco de las alianzas ha penetrado en mi nido
con todo su colorido se ha paseado por mis venas
y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
es como un dia bendecido que alumbra mi alma serena.
Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra
y va brotando, brotando como el musguito en la piedra
como el musguito en la piedra, ay si, si, si
Lo que puede el sentimento no lo ha podido el saber,
ni el más claro proceder ni el más ancho pensamiento
todo lo cambia el momento colmado condescendiente,
nos aleja dulcemente de rencores y violencias
sólo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.
Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra
y va brotando, brotando como el musguito en la piedra
como el musguito en la piedra, ay si, si, si
El amor es tordellino de pureza original
hasta el feroz animal susurra su dulce trino,
retiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
el amor con sus esmeros, al viejo lo vuelve niño
y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.
Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra
y va brotando, brotando como el musguito en la piedra
como el musguito en la piedra, ay si, si, si
De par en par la ventana se abrió como por encanto
entró el amor con su manto como una tibia mañana
y al son de su bella diana hizo brotar el jazmín,
volando qual serafín al cielo le puso a retes
y mis años en diecisiete los convirtió el querubín
Se va enredando, enredando, como en el muro la hiedra
y va brotando, brotando como el musguito en la piedra
como el musguito en la piedra, ay si, si, si
(Violeta Parra)

lunes, diciembre 01, 2008

Mas acerca del domingo bolivariano....III

Décalogo de una victoria anunciada...y también de algunas derrotas
Por: Henry Escalante

Fecha de publicación: 01/12/08
Aporrea

Los resultados del 23 de Noviembre son elocuentes, por más que la oposición transnacional intente maquillarlos y transformarlos en una victoria suya, no queda duda que los grandes triunfadores de esta jornada electoral no son otros que: el Comandante Presidente Hugo Chávez Frías, el Partido Socialista Unido de Venezuela (Psuv) y el Consejo Nacional Electoral (CNE).

1.- El Comandante Presidente, Hugo Rafael Chávez Frías, porque se desplazó a lo largo y ancho de todo el territorio nacional convocando a los electores a sufragar por sus candidatos y, en especial, a la militancia inscrita en el Psuv, que, en las pasadas elecciones refrendarias del pasado 2 de diciembre, se abstuvieron en cerca de un millón y medio de militantes y, en esta oportunidad, acudieron en su totalidad a las mesas a expresarle su respaldo al Comandante Presidente, a la Revolución Bolivariana y al proyecto socialista expuesto en sus diferentes intervenciones. El solo hecho que se haya logrado el récord histórico de participación en toda nuestra historia, la más alta, del 65%, valga decir, un poco más de 11 millones de electores, dice mucho del poder de convocatoria del Comandante Presidente Chávez y revela lo que pudiera ser la consolidación de la Democracia Participativa en nuestra República Bolivariana. Si algo, reflejan estas elecciones es el marcado apoyo que el pueblo venezolano tiene a su lider fundamental, hoy en la presidencia, el mensaje es bien claro, los venezolanos y venezolanas, ratificamos nuestro apoyo a la reelección continua, ese es el mensaje claro y tajante lanzado al Comandante Presidente, quien por cierto lo supo interpretar, y el pasado sábado 29, autorizó al Psuv a impulsar las acciones respectivas para que este anhelo del pueblo venezolano se haga realidad el venidero año, mediante una Enmienda a la Constitución de la República Bolivariana de Venezuela.

2.- El Psuv hizo un debut en la escena política nacional triunfante, convertido en el primer partido político nacional, obteniendo 6.171.382 votos, contra la alianza opositora (AD, Copei, Primero Justicia, Proyecto Venezuela, el MAS y Podemos) que alcanzó su techo histórico de 5.069.602 votos, cifras que se asemejan a las presidenciales de 2006, fecha en que no existía el Psuv. Esta votación se concreta en 17 gobernaciones (el 77%) de 22 en disputa; 265 alcaldías (81%) de 327 en disputa; además de contar con mayoría en 19 Consejos Legislativos de un total de 23 en disputa. Esta victoria ratifica a la Dirección Nacional provisoria, a ser ratificada el año próximo, lo que caracteriza a una genuina organización revolucionaria es sobre todo, la seriedad con la que trabaja y pone a prueba su línea política; la conclusión a sacar de estas elecciones es muy simple: hay que llevar adelante la tarea de organizar y educar a la militancia con una energía multiplicada por diez.

3.- La institucionalidad surgida de la Constitución Bolivariana, a lo largo de estos diez años, ha sido sometida a duras pruebas; quizás sea el Consejo Nacional Electoral, una de la más defenestradas por el vandalismo opositor, de todo se le ha dicho a estos funcionarios por parte de estos facinerosos. Estas elecciones ratifican, una vez más, al sistema electoral venezolano como el más confiable a nivel planetario; es por ello. que este proceso electoral constituye un triunfo para los rectores del CNE, incluido el militante opositor.

4.- Estas elecciones se vieron precedidas por un conjunto de traiciones y evasiones del campo revolucionario, los Manuitt en Guárico, Acosta Carles en Carabobo, el PPT y PCV, Rosa de Velazco en Táchira, Tascón en Caracas, Julio César Reyes en Barinas, además de las ya ocurridas por parte de Podemos, que le agregó a la oposición transnacional las gobernaciones de Guárico, Sucre, Aragua y Carabobo, a las ya obtenidas mediante elecciones: Zulia y Nueva Esparta. El pueblo venezolano ratificó este 23N, que rechaza las traiciones, estos contrarrevolucionarios apenas pudieron reunir 636.048 votos, perdiendo las gobernaciones de Sucre, Aragua y la Alcaldía de Barinas. Su único logro quizás sea, el haber incidido en las derrotas sufridas por el Psuv en Carabobo y Táchira.

5.- “...la oposición manteniendo su votación histórica del 30% derrota a los revolucionarios quienes ven mermada su votación con respecto a las presidenciales pasadas en un aproximado de tres millones de votos, y con respecto a quienes se inscribieron para militar en el Psuv en aproximadamente millón y medio de votantes. Por otra parte, estas elecciones sirven para pulsar la opinión sobre los liderazgos regionales, teniendo en perspectiva que el año próximo se elegirán alcaldes y gobernadores; tomemos en cuenta que el Sí ganó en 14 Estados, el No en 7 Estados y en Falcón sucedió algo insólito el Sí gana en el Bloque A, pero el No gana en el Bloque B. Ahora bien, si tomamos en consideración, que en algunos Estados el No gana con diferencia superior al 10%, es decir, holgadamente, podríamos concluir que en las venideras elecciones, la oposición mantendría las gobernaciones que tiene actualmente, valga decir: Zulia y Nueva Esparta, y retomaría Miranda, Táchira y Mérida. Y en otros Estados, pelearía cerradamente algunas gobernaciones y alcaldías, o sea que la cosa no está fácil para los revolucionarios”. Reforma Constitucional, necesaria reflexión... Fecha de publicación: 05/12/07 en Aporrea.

Traigo a colación esta parte de nuestro balance, del pasado referendo constitucional del 2 de diciembre de 2007, para apreciar con nitidez las causas por las cuales se pierden gobernaciones como Miranda y Táchira, que ya los resultados del pasado 2 de diciembre nos decían que allí había que hacer un esfuerzo supremo para contrarrestar una posible derrota, cosa que evidentemente no se hizo. Táchira y Carabobo fueron estados en los que, la deserción contrarrevolucionaria, influyó en la derrota, además añádale diferencias políticas entre el candidato de la Revolución y el Gobernador Blanco La Cruz, en Táchira, fueron causantes para que por una diferencia muy mínima, el candidato de Copei retomara esta gobernación. Es preciso, hacer mención especial al camarada Mario Silva, quien hizo una extraordinaria labor en el Edo. Carabobo, perdiendo gracias a la acción contrarrevolucionaria de Acosta Carles, estimamos que este camarada debe asentarse en Carabobo como lider fundamental del Psuv en esa región y consolidar los logros alcanzados en este proceso electoral, 11 alcaldías de las 13 en disputa y la mayoría (9 contra 6) en el Consejo Legislativo.

6.- Miranda merece un capítulo especial de nuestro análisis, este Estado arrastra consigo la Alcaldía Mayor del Área Metropolitana, la derrota en Petare es determinante, pese a que el Psuv gana 15 de las 20 alcaldías en disputa, Chacao, Baruta, El Hatillo y Petare decidieron en esta oportunidad tanto el Estado como la Alcaldía Metropolitana. No fue suficientemente que el Psuv ganara en Caracas, Municipio Libertador, Petare en esta oportunidad tuvo un peso decisivo. Sin duda, la mala gestión de José Vicente Rangel, Hijo, en la Alcaldía tuvo su respuesta de sectores populares descontentos con su gestión, sectores de la clase media o de urbanizaciones asediados por el hampa y los malos servicios, también hicieron sentir su descontento y lo drenaron con el candidato opositor que les ofrecía seguridad, guerra al hampa, nos hizo recordar a Alfredo Peña. En las elecciones de 2006:112.050 personas votaron por Chávez mientras que, sólo 96.598 votaron por la oposición. En el referendo de 2007: 61.212 personas votaron por Chávez, pero 97.720 votaron por la oposición. En las elecciones de 2008: 80.871 personas votaron por el candidato de Chávez, pero 103.402 personas votaron por la oposición, ya el referendo del 2D anunciaba lo que venía en Petare, el descontento con una gestión que trataba a sus habitantes como lo hacían los partidos de la cuarta república, repartiéndoles limosnas (neveras, cocinas, materiales de construcción, colchones, entre otros) no tardaría en hacerse sentir, la Misión 13 de Abril llegó tardíamente a Petare, ya el mal se había extendido, me pregunto si dicho pueblo no se habría sentido satisfecho, si le hubieran culminado su Hospital Pérez de León en vez de del sambilito petareño: CENTRO COMERCIAL MILLENIUM MALL, la gran obra del Alcalde Revolucionario J.V.R., esto sin mencionar que, al igual que toda el área metropolitana, la inacción de la Alcaldía Mayor con Juan Barreto, quien no deja obra conocida, distinta al museo de la pira.

Por otra parte, tenemos al camarada Diosdado Cabello, cuyo ámbito de actuación en el Estado Miranda se limita al último año de gestión, los tres restantes los pasó cuidándole la espalda al Comandante Presidente, 360 obras en ejecución por un monto de BsF 1.269.498.666,05 a ser inauguradas por el nuevo gobernador opositor, dan fe de nuestra afirmación. Me pregunto como se sentiría el pueblo de Miranda, si estas obras la hubiesen beneficiado a los largo de estos cuatro años de gestión, seguramente el resultado sería otro. INEFICIENCIA, he allí la causa de una derrota trascendente, que hoy el pueblo de este Estado, comienza a sufrir sus consecuencias.

Una de las enseñanzas fundamentales, que deja esta derrota en Miranda, para todos los gobernantes electos, es que no deben descuidar su gestión, no deben dejar para el último año de gestión, las obras que la población tanto anhela, estar pendientes de la calidad de los servicios que está obligado a prestar la Alcaldía o Gobernación a su cargo, incluso más allá, los servicios que debe prestar el gobierno Revolucionario y sobre todo, esmerarse siempre en atender bien al soberano.

7.- Tanto Diosdado Cabello como Jesé Chacón, han colocado sobre el tapete un debate interesante, al pretender justificar sus derrotas, sostiene Diosdado en Últimas Noticias: “la clase media se moviliza de forma distinta a los sectores populares. Los electores de la clase media van solos a los centros de votación, en cambio en las zonas rurales hay que movilizar a la gente...”, no creo que Diosdado desconozca el supremo esfuerzo que tiene que hacer un compatriota, que viva en Filas de Mariche, para desplazarse hacia un centro de votación que muchas veces se encuentra a kilómetros de su residencia, mientras que al compatriota que vive en una residencia del Este, seguramente, su centro de votación le quede a escasos metros de su residencia; no obstante, ese compatriota de Filas de Mariche hizo ese esfuerzo supremo y, aquellos que no lo hicieron por alguna causa decidieron quedarse en su casa, no será que su problema no fue atendido por la Gobernación o por la Alcaldía, al pueblo lo mueven sentimientos de amor, de agradecimiento; a la clase media, en particular, la alta, se mueve por el odio; el cual es alimentado por los medios de comunicación, la iglesia, las instituciones de la cuarta república que aún sobreviven, malos servicios, pagos de deudas o salarios no ejecutados o retardados, desabastecimiento, entre otras causas.

El camarada Alberto Muller Rojas en su artículo ¿Y la clase media?, aparecido en el Vea del pasado 28 de noviembre, pretende darle respuesta a las inquietudes de Chacón y Cabello, recomiendo su lectura, veamos: “Algunos de los candidatos del Psuv, explicando su desengaño frente a sus resultados electorales, han denunciado la falta de atención del Gobierno y el partido a la “clase media” (...) La “clase media” a la cual se refieren, no es otra cosa que la base social de las corporaciones señoreadas por las cúpulas comerciantes, terratenientes, usureras, religiosas y militares (...) Esos sectores sociales son, y serán, los principales antagonistas de la revolución venezolana. La consolidación de la sociedad socialista les hará perder lo único que realmente tienen: su estatus social (...) En ese contexto, esa “clase media” constituye el principal adversario del socialismo...”

En la misma onda el camarada Neftalí Reyes, responde a Diosdado y a Jesse, veamos: “ A la clase media debemos tenderle la mano siempre se incorpore a la construcción del Socialismo, será bienvenida. Pero es un error tratar de ganarla haciéndole concesiones a su sistema de vida ambiguo y artificial, por ese camino, está demostrado, perdemos apoyo popular y no ganamos nada en la disociada clase media...”, vean lo que pasó en Petare, añadimos nosotros.

Trotsky, estudió en profundidad este tema, veamos lo que nos dice en ¿A dónde va Francia?, leamos: “Desde el momento de la victoria de los nazis en Alemania, en los partidos y grupos de “izquierda” se ha hablado mucho sobre la necesidad de acercarse a las “clases medias” para cerrar el camino al fascismo (...) Pero para ello se debe comprender claramente cuál es la naturaleza de las “clases medias”. La sociedad contemporánea se compone de tres clases: la gran burguesía, el proletariado y las “clases medias” o pequeña burguesía (...) las clases fundamentales de la sociedad son la gran burguesía y el proletariado. Estas dos clases son las únicas que pueden tener una política independiente, clara y consecuente. La pequeña burguesía se distingue por su dependencia económica y heterogeneidad social. Su capa superior toca inmediatamente a la gran burguesía. Su capa inferior se mezcla con el proletariado y llega a caer incluso al estado del lumpen-proletariado. Conforme a su situación económica, la pequeña burguesía no puede tener una política independiente. Oscila siempre entre los capitalistas y los obreros...”, añade más adelante, el viejo revolucionario ruso: “Que la democracia se muestre incompetente? ¡al diablo con la democracia¡ Así razona o siente cada pequeño burgués (...) Naturalmente, el pequeño propietario tiende al orden, en tanto que sus negocios marchen bien y mientras tiene esperanzas de que marchen aún mejor. Pero, cuando ha perdido esa esperanza, es fácilmente atacado por la rabia y está dispuesto a abandonarse a las medidas más extremas...”, acaso el fascismo, expresado en Primero Justicia, no es una medida extrema.

8.- Como estamos en Miranda, no podemos dejar de referirnos al contundente triunfo de nuestro camarada Julio César Marcano en Ocumare del Tuy, quien después de derrotar en las elecciones internas del Psuv al Alcalde José Gregorio Arvelo, tuvo que enfrentarse al aparato de la Alcaldía, que promoverá la candidatura de Fidel Rivas, por intermedio del PPT, partido que se prestó para esta traición; y a la oposición que, unida toda, fue barrida por la candidatura revolucionaria. Julio César Marcano, Psuv, obtuvo el 69,35% de los votos; Manuel García, Unidad opositora, 28,13% y Fidel Rivas, PPT, 2,24% de los votos. Victoria obtenida, pese a las pésimas gestiones del Alcalde saliente José Gregorio Arvelo y su medio “pollo” Wolfgang Wolkmar, quienes dejaron al pueblo de Ocumare en el más completo estado de abandono y miseria. Esta victoria es una prueba contundente de lo equivocado que está el camarada Jesse Chacón, el pueblo de Ocumare siempre vió a Julio César Marcano como un candidato revolucionario, quien nunca cedió en sus criticas a la mala gestión de Arvelo y su combo, de allí que hoy encuentre una Alcaldía en bancarrota, con un presupuesto para el 2009 deficitario, y de quien el pueblo de Ocumare espera no tenga clemencia ante los corruptos de ayer y los que hoy puedan presentárseles. Digo esto, porque, cómo hubiese visto el pueblo de Petare?, al candidato de la Revolución, decir verdades sobre la mala gestión de José Vicente Rangel, hijo. Y miren que, en Ocumare del Tuy también hay una pujante clase media, que respaldó fuertemente al candidato revolucionario. Suerte deseamos en su gestión a este camarada, y que no deje de cumplirle a este pueblo, rojo, rojito.

9.- Los candidatos de la oposición que triunfaron en las 5 gobernaciones y la Alcaldía Mayor, son los mismos que el 11 de abril de 2002, protagonizaron los hechos violentos que condujeron al golpe de estado presidido por Carmona Estanga. Creerles de que van a respetar las misiones, que van a conciliar con el Gobierno Revolucionario, sería cosa de tontos y tontas. Además de sus actuaciones a lo largo de estos diez años, tenemos el hecho que su jefe político le restan unos pocos días en la Casa Blanca y sueña con la idea que antes de irse debe el Comandante Presidente Chávez desalojar Miraflores, es una obsesión que se le ha metido a este señor y, es por ello, que estos gobernadores y alcaldes, han sido convocados a Colombia para fijar estrategias, por allá ya han pasado Rosales y Pérez, Ledesma y Pérez Vivas; lo que ha traído como primera consecuencia, la salida del Cónsul Colombiano en el Estado Zulia. Asimismo, con motivo de la Cumbre del Alba y la visita al país del primer mandatario ruso, desde Miranda se gestó una conspiración para desmeritar estos acontecimiento y restarles importancia a nivel internacional. El ataque sostenido a las misiones, módulos de Barrio Adentro, CDI, mercales, Pdvales y todo aquello que huela a revolución, por parte de las camisas pardas de Primero Justicia y Proyecto Venezuela, contrasta con el discurso mediático de estos gobernadores quienes afirman todo lo contrario; la realidad que debe quedar clara a nuestro pueblo que se trata del surgimiento de gobiernos fascistas enquistados en la Revolución Bolivariana, así lo definía el mismo Trotsky en “Bonapartismo, Fascismo y Guerra”, leamos: “El fascismo es la continuación del capitalismo, un intento de perpetuar su existencia utilizando las medidas más bestiales y monstruosas. El capitalismo tuvo la oportunidad de recurrir al fascismo solo porque el proletariado no llevó a cabo en su momento la revolución socialista...”, tratarán estos fascistas, de borrar todo vestigio de Revolución Bolivariana en sus Estados y Municipios, para ello dirigirán una contrarrevolución política, buscando extirpar por completo todas las instituciones revolucionarias que fue construyendo el pueblo, el momento es de combate, de todos nosotros y nosotras dependerá que el capitalismo retome sus espacios. La movilización debe ser permanente.

10.- El triunfo en 263 alcaldías, es decir, el 81% de las existentes, en momentos que el comandante Presidente viene hablándonos de la necesidad de avanzar al Socialismo, tiene una gran importancia; pues, así como, la ciudad medieval fue un factor, bien no determinante, pero sí de gran importancia en el advenimiento del capitalismo; el Municipio, y dentro de ellos, la Comuna, habrá de tener una gran relevancia en la construcción de la nueva sociedad, el Socialismo. De allí, la insistencia de nuestro Comandante Presidente a los candidatos y candidatas, a concretar las Comunas en sus espacios de actuación, ahora como gobernantes. El poder comunal debe expandirse sobre el territorio de estas 263 alcaldías, en las cuales debe concretarse el artículo 16 de la reforma propuesta el pasado 2 de diciembre, leámoslo: “...la unidad política primaria de la organización territorial será la ciudad, entendida ésta como todo asentamiento poblacional dentro del municipio, e integrada por áreas geográficas denominadas comunas. Las comunas serán las células sociales del territorio y estarán conformadas por las comunidades, cada una de las cuales constituirá el núcleo territorial básico e indivisible del Estado Socialista Venezolano...”


domingo, noviembre 30, 2008

Para leer un domingo por la tarde...

F. ENGELS

PRINCIPIOS DEL COMUNISMO

El trabajo "Principios del comunismo" es un proyecto de programa de la Liga de los Comunistas. Lo escribió Engels en París por encargo del Comité Comarcal de la Liga. Sin embargo, luego de que como resultado de su II Congreso (29 de noviembre-8 de diciembre de 1847), la Liga les encargara a Marx y Engels la redacción de un programa para la Liga, los autores abandonaron la forma de catequismo que marcó la obra aquí reproducida y optaron por escribir el programa en forma de minifiesto. El resultado se conoce como el Manifiesto del Partido Comunista. Al escribirlo, los autores utilizaron las tesis expuestas por Engels en los "Principios del comunismo".

I. ¿Qué es el comunismo?

El comunismo es la doctrina de las condiciones de la liberación del proletariado.

II. ¿Qué es el proletariado?

El proletariado es la clase social que consigue sus medios de subsistencia exclusivamente de la venta de su trabajo, y no del rédito de algún capital; es la clase, cuyas dicha y pena, vida y muerte y toda la existencia dependen de la demanda de trabajo, es decir, de los períodos de crisis y de prosperidad de los negocios, de las fluctuaciones de una competencia desenfrenada. Dicho en pocas palabras, el proletariado, o la clase de los proletarios, es la clase trabajadora del siglo XIX.

III. ¿Quiere decir que los proletarios no han existido siempre?

No. Las clases pobres y trabajadoras han existido siempre, siendo pobres en la mayoría de los casos. Ahora bien, los pobres, los obreros que viviesen en las condiciones que acabamos de señalar, o sea los proletarios, no han existido siempre, del mismo modo que la competencia no ha sido siempre libre y desenfrenada.

IV. ¿Cómo apareció el proletariado?

El proletariado nació a raíz de la revolución industrial, que se produjo en Inglaterra en la segunda mitad del siglo pasado y se repitió luego en todos los países civilizados del mundo. Dicha revolución se debió al invento de la máquina de vapor, de las diversas máquinas de hilar, del telar mecánico y de toda una serie de otros dispositivos mecánicos. Estas máquinas, que costaban muy caras y, por eso, sólo estaban al alcance de los grandes capitalistas, transformaron completamente el antiguo modo de producción y desplazaron a los obreros anteriores, puesto que las máquinas producían mercancías más baratas y mejores que las que podían hacer éstos con ayuda de sus ruecas y telares imperfectos. Las máquinas pusieron la industria enteramente en manos de los grandes capitalistas y redujeron a la nada el valor de la pequeña propiedad de los obreros (instrumentos, telares, etc.), de modo que los capitalistas pronto se apoderaron de todo, y los obreros se quedaron con nada. Así se instauró en la producción de tejidos el sistema fabril. En cuanto se dio el primer impulso a la introducción de máquinas y al sistema fabril; este último se propagó rápidamente en las demás ramas de la industria, sobre todo en el estampado de tejidos, la impresión de libros, la alfarería y la metalurgia. El trabajo comenzó a dividirse más y más entre los obreros individuales de tal manera que el que antes efectuaba todo el trabajo pasó a realizar nada más que una parte del mismo. Esta división del trabajo permitió fabricar los productos más rápidamente y, por consecuencia, de modo más barato. Ello redujo la actividad de cada obrero a un procedimiento mecánico, muy sencillo, constantemente repetido, que la máquina podía realizar con el mismo éxito o incluso mucho mejor. Por tanto, todas estas ramas de la producción cayeron, una tras otra, bajo la dominación del vapor, de las máquinas y del sistema fabril, exactamente del mismo modo que la producción de hilados y de tejidos. En consecuencia, ellas se vieron enteramente en manos de los grandes capitalistas, y los obreros quedaron privados de los úItimos restos de su independencia. Poco a poco, el sistema fabril extendió su dominación no ya sólo a la manufactura, en el sentido estricto de la palabra, sino que comenzó a apoderarse más y más de las actividades artesanas, ya que también en esta esfera los grandes capitalistas desplazaban cada vez más a los pequeños maestros, montando grandes talleres, en los que era posible ahorrar muchos gastos e implantar una detallada división del trabajo. Así llegamos a que, en los países civilizados, casi en todas las ramas del trabajo se afianza la producción fabril y, casi en todas estas ramas, la gran industria desplaza a la artesanía y la manufactura. Como resultado de ello, se arruina más y más la antigua clase media, sobre todo los pequeños artesanos, cambia completamente la anterior situación de los trabajadores y surgen dos clases nuevas, que absorben paulatinamente a todas las demás, a saber:

I. La clase de los grandes capitalistas, que son ya en todos los países civilizados casi los únicos poseedores de todos los medios de existencia, como igualmente de las materias primas y de los instrumentos (máquinas, fábricas, etc.) necesarios para la producción de los medios de existencia. Es la clase de los burgueses, o sea, burguesía.

II. La clase de los completamente desposeídos, de los que en virtud de ello se ven forzados a vender su trabajo a los burgueses, al fin de recibir en cambio los medios de subsistencia necesarios para vivir. Esta clase se denomina la clase de los proletarios, o sea, proletariado.

V. ¿En qué condiciones se realiza esta venta del trabajo de los proletarios a los burgueses?

El trabajo es una mercancía como otra cualquiera, y su precio depende, por consiguiente, de las mismas leyes que el de cualquier otra mercancía. Pero, el precio de una mercancía, bajo el dominio de la gran industria o de la libre competencia, que es lo mismo, como lo veremos más adelante, es, por término medio, siempre igual a los gastos de producción de dicha mercancía. Por tanto, el precio del trabajo es también igual al costo de producción del trabajo. Ahora bien, el costo de producción del trabajo consta precisamente de la cantidad de medios de subsistencia indispensables para que el obrero esté en condiciones de mantener su capacidad de trabajo y para que la clase obrera no se extinga. El obrero no percibirá por su trabajo más que lo indispensable para ese fin; el precio del trabajo o el salario será, por consiguiente, el más bajo, constituirá el mínimo de lo indispensable para mantener la vida. Pero, por cuanto en los negocios existen períodos mejores y peores, el obrero percibirá unas veces más, otras menos, exactamente de la misma manera que el fabricante cobra unas veces más, otras menos, por sus mercancías. Y, al igual que el fabricante, que, por término medio, contando los tiempos buenos y los malos, no percibe por sus mercancías ni más ni menos que su costo de producción, el obrero percibirá, por término medio, ni más ni menos que ese mínimo. Esta ley económica del salario se aplicará más rigurosamente en la medida en que la gran industria vaya penetrando en todas las ramas de la producción.

VI. ¿Qué clases trabajadores existían antes de la revolución industrial?

Las clases trabajadoras han vivido en distintas condiciones, según las diferentes fases de desarrollo de la sociedad, y han ocupado posiciones distintas respecto de las clases poseedoras y dominantes. En la antigüedad, los trabajadores eran esclavos de sus amos, como lo son todavía en un gran número de países atrasados e incluso en la parte meridional de los Estados Unidos. En la Edad Media eran siervos de los nobles propietarios de tierras, como lo son todavía en Hungría, Polonia y Rusia. Además, en la Edad Media, hasta la revolución industrial, existían en las ciudades oficiales artesanos que trabajaban al servicio de la pequeña burguesía y, poco a poco, en la medida del progreso de la manufactura, comenzaron a aparecer obreros de manufactura que iban a trabajar contratados por grandes capitalistas.

VII. ¿Qué diferencia hay entre el proletario y el esclavo?

El esclavo está vendido de una vez y para siempre, en cambio, el proletario tiene que venderse él mismo cada día y cada hora. Todo esclavo individual, propiedad de un señor determinado, tiene ya asegurada su existencia por miserable que sea, por interés de éste. En cambio el proletario individual es, valga la expresión, propiedad de toda la clase de la burguesía. Su trabajo no se compra más que cuando alguien lo necesita, por cuya razón no tiene la existencia asegurada. Esta existencia está asegurada únicamente a toda la clase de los proletarios. El esclavo está fuera de la competencia. El proletario se halla sometido a ello y siente todas sus fluctuaciones. El esclavo es considerado como una cosa, y no miembro de la sociedad civil. El proletario es reconocido como persona, como miembro de la sociedad civil. Por consiguiente, el esclavo puede tener una existencia mejor que el proletario, pero este último pertenece a una etapa superior de desarrollo de la sociedad y se encuentra a un nivel más alto que el esclavo. Este se libera cuando de todas las relaciones de la propiedad privada no suprime más que una, la relación de esclavitud, gracias a lo cual sólo entonces se convierte en proletario; en cambio, el proletario sólo puede liberarse suprimiendo toda la propiedad privada en general.

VIII. ¿Qué diferencia hay entre el proletario y el siervo?

El siervo posee en propiedad y usufructo un instrumento de producción y una porción de tierra, a cambio de lo cual entrega una parte de su producto o cumple ciertos trabajos. El proletario trabaja con instrumentos de producción pertenecientes a otra persona, por cuenta de ésta, a cambio de una parte del producto. El siervo da, al proletario le dan. El siervo tiene la existencia asegurada, el proletario no. El siervo está fuera de la competencia, el proletario se halla sujeto a ella. El siervo se libera ya refugiándose en la ciudad y haciéndose artesano, ya dando a su amo dinero en lugar de trabajo o productos, transformandose en libre arrendatario, ya expulsando a su señor feudal y haciéndose él mismo propietario. Dicho en breves palabras, se libera entrando de una manera u otra en la clase poseedora y en la esfera de la competencia. El proletario se libera suprimiendo la competencia, la propiedad privada y todas las diferencias de clase.

IX. ¿Qué diferencia hay entre el proletario y el artesano? 1

X. ¿Qué diferencia hay entre el proletario y el obrero de manufactura?

El obrero de manufactura de los siglos XVI-XVIII poseía casi en todas partes instrumentos de producción: su telar, su rueca para la familia y un pequeño terreno que cultivaba en las horas libres. El proletario no tiene nada de eso. El obrero de manufactura vive casi siempre en el campo y se halla en relaciones más o menos patriarcales con su señor o su patrono. El proletario suele vivir en grandes ciudades y no lo unen a su patrono más que relaciones de dinero. La gran industria arranca al obrero de manufactura de sus condiciones patriarcales; éste pierde la propiedad que todavía poseía y sólo entonces se convierte en proletario.

XI. ¿Cuáles fueron las consecuencias directas de la revolución industrial y de la división de la sociedad en burgueses y proletarios?

En primer lugar, en virtud de que el trabajo de las máquinas reducía más y más los precios de los artículos industriales, en casi todos los países del mundo el viejo sistema de la manufactura o de la industria basada en el trabajo manual fue destruido enteramente. Todos los países semibárbaros que todavía quedaban más o menos al margen del desarrollo histórico y cuya industria se basaba todavía en la manufactura, fueron arrancados violentamente de su aislamiento. Comenzaron a comprar mercancías más baratas a los ingleses, dejando que se muriesen de hambre sus propios obreros de manufactura. Así, países que durante milenios no conocieron el menor progreso, como, por ejemplo, la India, pasaron por una completa revolución, e incluso la China marcha ahora de cara a la revolución. Las cosas han llegado a tal punto que una nueva máquina que se invente ahora en Inglaterra podrá, en el espacio de un año, condenar al hambre a millones de obreros de China. De este modo, la gran industria ha ligado los unos a los otros a todos los pueblos de la tierra, ha unido en un solo mercado mundial todos los pequeños mercados locales, ha preparado por doquier el terreno para la civilización y el progreso y ha hecho las cosas de tal manera que todo lo que se realiza en los países civilizados debe necesariamente repercutir en todos los demás, por tanto, si los obreros de Inglaterra o de Francia se liberan ahora, ello debe suscitar revoluciones en todos los demás países, revoluciones que tarde o temprano culminarán también allí en la liberación de los obreros.

En segundo lugar, en todas las partes en que la gran industria ocupó el lugar de la manufactura, la burguesía aumentó extraordinariamente su riqueza y poder y se erigió en primera clase del país. En consecuencia, en todas las partes en las que se produjo ese proceso, la burguesía tomó en sus manos el poder político y desalojó las clases que dominaban antes: la aristocracia, los maestros de gremio y la monarquía absoluta, que representaba a la una y a los otros. La burguesía acabó con el poderío de la aristocracia y de la nobleza, suprimiendo el mayorazgo o la inalienabilidad de la posesión de tierras, como también todos los privilegios de la nobleza. Destruyó el poderío de los maestros de gremio, eliminando todos los gremios y los privilegios gremiales. En el lugar de unos y otros puso la libre competencia, es decir, un estado de la sociedad en la que cada cual tenía derecho a dedicarse a la rama de la industria que le gustase y nadie podía impedírselo a no ser la falta de capital necesario para tal actividad. Por consiguiente, la implantación de la libre competencia es la proclamación pública de que, de ahora en adelante, los miembros de la sociedad no son iguales entre sí únicamente en la medida en que no lo son sus capitales, que el capital se convierte en la fuerza decisiva y que los capitalistas, o sea, los burgueses, se erigen así en la primera clase de la sociedad. Ahora bien, la libre competencia es indispensable en el período inicial del desarrollo de la gran industria, porque es el único régimen social con el que la gran industria puede progresar. Tras de aniquilar de este modo el poderío social de la nobleza y de los maestros de gremio, puso fin también al poder político de la una y los otros. Llegada a ser la primera clase de la sociedad, la burguesía se proclamó también la primera clase en la esfera política. Lo hizo implantando el sistema representativo, basado en la igualdad burguesa ante la ley y en el reconocimiento legislativo de la libre competencia. Este sistema fue instaurado en los países europeos bajo la forma de la monarquía constitucional. En dicha monarquía sálo tienen derecho de voto los poseedores de cierto capital, es decir, únicamente los burgueses. Estos electores burgueses eligen a los diputados, y estos diputados burgueses, valiéndose del derecho a negar los impuestos, eligen un gobierno burgués.

En tercer lugar, la revolución indistrial ha creado en todas partes el proletariado en la misma medida que la burguesía. Cuanto más ricos se hacían los burgueses, más numerosos eran los proletarios. Visto que sólo el capital puede dar ocupación a los proletarios y que el capital sólo aumenta cuando emplea trabajo, el crecimiento del proletariado se produce en exacta correspondencia con el del capital. Al propio tiempo, la revolución industrial agrupa a los burgueses y a los proletarios en grandes ciudades, en las que es más ventajoso fomentar la industria, y can esa concentración de grandes masas en un mismo lugar le inculca a los proletarios la conciencia de su fuerza. Luego, en la medida del progreso de la revolución industrial, en la medida en que se inventan nuevas máquinas, que eliminan el trabajo manual, la gran industria ejerce una presión creciente sobre los salarios y los reduce, como hemos dicho, al mínimo, haciendo la situación del proletariado cada vez más insoportable. Así, por una parte, como consecuencia del descontento creciente del proletariado y, por la otra, del crecimiento del poderío de éste, la revolución industrial prepara la revolución social que ha de realizar el proletariado.

XII. ¿Cuáles han sido las consecuencias siguientes de la revolución industrial?

La gran industria creó, con la máquina de vapor y otras máquinas, los medios de aumentar la producción industrial rápidamente, a bajo costo y hasta el infinito. Merced a esta facilidad de ampliar la producción, la libre competencia, consecuencia necesaria de esta gran industria, adquirió pronto un carácter extraordinariamente violento; un gran número de capitalistas se lanzó a la industria, en breve plazo se produjo más de lo que se podía consumir. Como consecuencia, no se podían vender las mercancías fabricadas y sobrevino la llamada crisis comercial; las fábricas tuvieron que parar, los fabricantes quebraron y los obreros se quedaron sin pan. Y en todas partes se extendió la mayor miseria. Al cabo de cierto tiempo se vendieron los productos sobrantes, las fábricas volvieron a funcionar, los salarios subieron y, poco a poco, los negocios marcharon mejor que nunca. Pero no por mucho tiempo, ya que pronto volvieron a producirse demasiadas mercancías y sobrevino una nueva crisis que transcurrió exactamente de la misma manera que la anterior. Así, desde comienzos del presente siglo, en la situación de la industria se han producido continuamente oscilaciones entre períodos de prosperidad y períodos de crisis, y casi regularmente, cada cinco o siete años se ha producido tal crisis, con la particularidad de que cada vez acarreaba las mayores calamidades para los obreros, una agitación revolucionaria general y un peligro colosal para todo el régimen existente.

XIII. ¿Cuáles son las consecuencias de estas crisis comerciales que se repiten regularmente?

En primer lugar, la de que la gran industria, que en el primer período de su desarrollo creó la libre competencia, la ha rebasado ya; que la competencia y, hablando en términos generales, la producción industrial en manos de unos u otros particulares se ha convertido para ella en una traba a la que debe y ha de romper; que la gran industria, mientras siga sobre la base actual, no puede existir sin conducir cada siete años a un caos general que supone cada vez un peligro para toda la civilización y no sólo sume en la miseria a los proletarios, sino que arruina a muchos burgueses; que, por consiguiente, la gran industria debe destruirse ella misma, lo que es absolutamente imposible, o reconocer que hace imprescindible una organización completamente nueva de la sociedad, en la que la producción industrial no será más dirigida por unos u otros fabricantes en competencia entre sí, sino por toda la sociedad con arreglo a un plan determinado y de conformidad con las necesidades de todos los miembros de la sociedad.

En segundo lugar, que la gran industria y la posibilidad, condicionada por ésta, de ampliar hasta el infinito la producción permiten crear un régimen social en el que se producirán tantos medios de subsistencia que cada miembro de la sociedad estará en condiciones de desarrollar y emplear libremente todas sus fuerzas y facultades; de modo que, precisamente la peculiaridad de la gran industria que en la sociedad moderna engendra toda la miseria y todas las crisis comerciales será en la otra organización social justamente la que ha de acabar con esa miseria y esas fluctuaciones preñadas de tantas desgracias.

Por tanto, está probado claramente:

1) que en la actualidad todos estos males se deben únicamente al régimen social, el cual ya no responde más a las condiciones existentes;

2) que ya existen los medios de supresión definitiva de estas calamidades por vía de la construcción de un nuevo orden social.

XIV. ¿Cómo debe ser ese nuevo orden social?

Ante todo, la administración de la industria y de todas las ramas de la producción en general dejará de pertenecer a unos u otros individuos en competencia. En lugar de esto, las ramas de la producción pasarán a manos de toda la sociedad, es decir, serán administradas en beneficio de toda la sociedad, con arreglo a un plan general y con la participación de todos los miembros de la sociedad. Por tanto, el nuevo orden social suprimirá la competencia y la sustituirá con la asociación. En vista de que la dirección de la industria, al hallarse en manos de particulares, implica necesariamente la existencia de la propiedad privada y por cuanto la competencia no es otra cosa que ese modo de dirigir la industria, en el que la gobiernan propietarios privados, la propiedad privada va unida inseparablemente a la dirección individual de la industria y a la competencia. Así, la propiedad privada debe también ser suprimida y ocuparán su lugar el usufructo colectivo de todos los instrumentos de producción y el reparto de los productos de común acuerdo, lo que se llama la comunidad de bienes.

La supresión de la propiedad privada es incluso la expresión más breve y mas característica de esta transformación de todo el régimen social, que se ha hecho posible merced al progreso de la industria. Por eso los comunistas la planteen can razón como su principal reivindicación.

XV. ¿Eso quiere decir que la supresión de la propiedad privada no era posible antes?

No, no era posible. Toda transformación del orden social, todo cambio de las relaciones de propiedad es consecuencia necesaria de la aparición de nuevas fuerzas productivas que han dejado de corresponder a las viejas relaciones de propiedad. Así ha surgido la misma propiedad privada. La propiedad privada no ha existido siempre; cuando a fines de la Edad Media surgió el nuevo modo de producción bajo la forma de la manufactura, que no encuadraba en el marco de la propiedad feudal y gremial, esta manufactura, que no correspondía ya a las viejas relaciones de propiedad, dio vida a una nueva forma de propiedad: la propiedad privada. En efecto, para la manufactura y para el primer período de desarrollo de la gran industria no era posible ninguna otra forma de propiedad además de la propiedad privada, no era posible ningún orden social además del basado en esta propiedad. Mientras no se pueda conseguir una cantidad de productos que no sólo baste para todos, sino que se quede cierto excedente para aumentar el capital social y seguir fomentando las fuerzas productivas, deben existir necesariamente una clase dominante que disponga de las fuerzas productivas de la sociedad y una clase pobre y oprimida. La constitución y el carácter de estas clases dependen del grado de desarrollo de la producción. La sociedad de la Edad Media, que tiene por base el cultivo de la tierra, nos da el señor feudal y el siervo; las ciudades de las postrimerías de la Edad Media nos dan el maestro artesano, el oficial y el jornalero; en el siglo XVII, el propietario de manufactura y el obrero de ésta; en el siglo XIX, el gran fabricante y el proletario. Es claro que, hasta el presente, las fuerzas productivas no se han desarrollado aún al punto de proporcionar una cantidad de bienes suficiente para todos y para que la propiedad privada sea ya una traba, un obstáculo para su progreso. Pero hoy, cuando, merced al desarrollo de la gran industria, en primer lugar, se han constituido capitales y fuerzas productivas en proporciones sin precedentes y existen medios para aumentar en breve plazo hasta el infinito estas fuerzas productivas; cuando, en segundo lugar, estas fuerzas productivas se concentran en manos de un reducido número de burgueses, mientras la gran masa del pueblo se va convirtiendo cada vez más en proletarios, con la particularidad de que su situación se hace más precaria e insoportable en la medida en que aumenta la riqueza de los burgueses; cuando, en tercer lugar, estas poderosas fuerzas productivas, que se multiplican con tanta facilidad hasta rebasar el marco de la propiedad privada y del burgués, provocan continuamente las mayores conmociones del orden social, sólo ahora la supresión de la propiedad privada se ha hecho posible e incluso absolutamente necesaria.

XVI. ¿Será posible suprimir por vía pacífica la propiedad privada?

Sería de desear que fuese así, y los comunistas, como es lógico, serían los últimos en oponerse a ello. Los comunistas saben muy bien que todas las conspiraciones, además de inútiles, son incluso perjudiciales. Están perfectamente al corriente de que no se pueden hacer las revoluciones premeditada y arbitrariamente y que éstas han sido siempre y en todas partes una consecuencia necesaria de circunstancias que no dependían en absoluto de la voluntad y la dirección de unos u otros partidos o clases enteras. Pero, al propio tiempo, ven que se viene aplastando por la violencia el desarrollo del proletariado en casi todos los países civilizados y que, con ello, los enemigos mismos de los comunistas trabajan con todas sus energías para la revolución. Si todo ello termina, en fin de cuentas, empujando al proletariado subyugado a la revolución, nosotros, los comunistas, defenderemos con hechos, no menos que como ahora lo hacemos de palabra, la causa del proletariado.

XVII. ¿Será posible suprimir de golpe la propiedad privada?

No, no será posible, del mismo modo que no se puede aumentar de golpe las fuerzas productivas existentes en la medida necesaria para crear una economía colectiva. Por eso, la revolución del proletariado, que se avecina según todos los indicios, sólo podrá transformar paulatinamente la sociedad actual, y acabará con la propiedad privada únicamente cuando haya creado la necesaria cantidad de medios de producción.

XVIII. ¿Qué vía de desarrollo tomará esa revolución?

Establecerá, ante todo, un régimen democrático y, por tanto, directa o indirectamente, la dominación política del proletariado. Directamente en Inglaterra, donde los proletarios constituyen ya la mayoría del pueblo. Indirectamente en Francia y en Alemania, donde la mayoría del pueblo no consta únicamente de proletarios, sino, además, de pequeños campesinos y pequeños burgueses de la ciudad, que se encuentran sólo en la fase de transformación en proletariado y que, en lo tocante a la satisfacción de sus intereses políticos, dependen cada vez más del proletariado, por cuya razón han de adherirse pronto a las reivindicaciones de éste. Para ello, quizá, se necesite una nueva lucha que, sin embargo, no puede tener otro desenlace que la victoria del proletariado.

La democracia sería absolutamente inútil para el proletariado si no la utilizara inmediatamente como medio para llevar a cabo amplias medidas que atentasen directamente contra la propiedad privada y asegurasen la existencia del proletariado. Las medidas más importantes, que dimanan necesariamente de las condiciones actuales, son:

1) Restricción de la propiedad privada mediante el impuesto progresivo, el alto impuesto sobre las herencias, la abolición del derecho de herencia en las líneas laterales (hermanos, sobrinos, etc.), préstamos forzosos, etc.

2) Expropiación gradual de los propietarios agrarios, fabricantes, propietarios de ferrocarriles y buques, parcialmente con ayuda de la competencia por parte de la industria estatal y, parcialmente de modo directo, con indemnización en asignados.

3) Confiscación de los bienes de todos los emigrados y de los rebeldes contra la mayoría del pueblo.

4) Organización del trabajo y ocupación de los proletarios en fincas, fábricas y talleres nacionales, con lo cual se eliminará la competencia entre los obreros, y los fabricantes que queden, tendrán que pagar salarios tan altos como el Estado.

5) Igual deber obligatorio de trabajo para todos los miembros de la sociedad hasta la supresión completa de la propiedad privada. Formación de ejércitos industriales, sobre todo para la agricultura.

6) Centralización de los créditos y la banca en las manos del Estado a través del Banco Nacional, con capital del Estado. Cierre de todos los bancos privados.

7) Aumento del número de fábricas, talleres, ferrocarriles y buques nacionales, cultivo de todas las tierras que están sin labrar y mejoramiento del cultivo de las demás tierras en consonancia con el aumento de los capitales y del número de obreros de que dispone la nación.

8) Educación de todos los niños en establecimientos estatales y a cargo del Estado, desde el momento en que puedan prescindir del cuidado de la madre. Conjugar la educación con el trabajo fabril.

9) Construcción de grandes palacios en las fincas del Estado para que sirvan de vivienda a las comunas de ciudadanos que trabajen en la industria y la agricultura y unan las ventajas de la vida en la ciudad y en el campo, evitando así el carácter unilateral y los defectos de la una y la otra.

10) Destrucción de todas las casas y barrios insalubres y mal construidos.

11) Igualdad de derecho de herencia para los hijos legítimos y los naturales.

12) Concentración de todos los medios de transporte en manos de la nación.

Por supuesto, todas estas medidas no podrán ser llevadas a la práctica de golpe. Pero cada una entraña necesariamente la siguiente. Una vez emprendido el primer ataque radical contra la propiedad privada, el proletariado se verá obligado a seguir siempre adelante y a concentrar más y más en las manos del Estado todo el capital, toda la agricultura, toda la industria, todo el transporte y todo el cambio. Este es el objetivo a que conducen las medidas mencionadas. Ellas serán aplicables y surtirán su efecto centralizador exactamente en el mismo grado en que el trabajo del proletariado multiplique las fuerzas productivas del país. Finalmente, cuando todo el capital, toda la producción y todo el cambio estén concentrados en las manos de la nación, la propiedad privada dejará de existir de por sí, el dinero se hará superfluo, la producción aumentará y los hombres cambiarán tanto que se podrán suprimir también las últimas formas de relaciones de la vieja sociedad.

XIX. ¿Es posible esta revolución en un solo país?

No. La gran industria, al crear el mercado mundial, ha unido ya tan estrechamente todos los pueblos del globo terrestre, sobre todo los pueblos civilizados, que cada uno depende de lo que ocurre en la tierra del otro. Además, ha nivelado en todos los países civilizados el desarrollo social a tal punto que en todos estos países la burguesía y el proletariado se han erigido en las dos clases decisivas de la sociedad, y la lucha entre ellas se ha convertido en la principal lucha de nuestros días. Por consecuencia, la revolución comunista no será una revolución puramente nacional, sino que se producirá simultáneamente en todos los países civilizados, es decir, al menos en Inglaterra, en América, en Francia y en Alemania. Ella se desarrollará en cada uno de estos países más rápidamente o más lentamente, dependiendo del grado en que esté en cada uno de ellos más desarrollada la industria, en que se hayan acumulado más riquezas y se disponga de mayores fuerzas productivas. Por eso será más lenta y difícil en Alemania y más rápida y fácil en Inglaterra. Ejercerá igualmente una influencia considerable en los demás países del mundo, modificará de raíz y acelerará extraordinariamente su anterior marcha del desarrollo. Es una revolución universal y tendrá, por eso, un ámbito universal.

XX. ¿Cuáles serán las consecuencias de la supresión definitiva de la propiedad privada?

Al quitar a los capitalistas privados el usufructo de todas las fuerzas productivas y medios de comunicación, así como el cambio y el reparto de los productos, al administrar todo eso con arreglo a un plan basado en los recursos disponibles y las necesidades de toda la sociedad, ésta suprimirá, primeramente, todas las consecuencias nefastas ligadas al actual sistema de dirección de la gran industria. Las crisis desaparecerán; la producción ampliada, que es, en la sociedad actual, una superproducción y una causa tan poderosa de la miseria, será entonces muy insuficiente y deberá adquirir proporciones mucho mayores. En lugar de engendrar la miseria, la producción superior a las necesidades perentorias de la sociedad permitirá satisfacer las demandas de todos los miembros de ésta, engendrará nuevas demandas y creará, a la vez, los medios de satisfacerlas. Será la condición y la causa de un mayor progreso y lo llevará a cabo, sin suscitar, como antes, el trastorno periódico de todo el orden social. La gran industria, liberada de las trabas de la propiedad privada, se desarrollará en tales proporciones que, comparado con ellas, su estado actual parecerá tan mezquino como la manufactura al lado de la gran industria moderna. Este avance de la industria brindara a la sociedad suficiente cantidad de productos para satisfacer las necesidades de todos. Del mismo modo, la agricultura, en la que, debido al yugo de la propiedad privada y al fraccionamiento de las parcelas, resulta difícil el empleo de los perfeccionamientos ya existentes y de los adelantos de la ciencia experimentará un nuevo auge y ofrecerá a disposición de la sociedad una cantidad suficiente de productos. Así, la sociedad producirá lo bastante para organizar la distribución con vistas a cubrir las necesidades de todos sus miembros. Con ello quedará superflua la división de la sociedad en clases distintas y antagónicas. Dicha división, además de superflua, será incluso incompatible con el nuevo régimen social. La existencia de clases se debe a la división del trabajo, y esta última, bajo su forma actual desaparecerá enteramente, ya que, para elevar la producción industrial y agrícola al mencionado nivel no bastan sólo los medios auxiliares mecánicos y químicos. Es preciso desarrollar correlativamente las aptitudes de los hombres que emplean estos medios. Al igual que en el siglo pasado, cuando los campesinos y los obreros de las manufacturas, tras de ser incorporados a la gran industria, modificaron todo su régimen de vida y se volvieron completamente otros, la dirección colectiva de la producción por toda la sociedad y el nuevo progreso de dicha producción que resultara de ello necesitarán hombres nuevos y los formarán. La gestión colectiva de la producción no puede correr a cargo de los hombres tales como lo son hoy, hombres que dependen cada cual de una rama determinada de la producción, están aferrados a ella, son explotados por ella, desarrollan nada más que un aspecto de sus aptitudes a cuenta de todos los otros y sólo conocen una rama o parte de alguna rama de toda la producción. La industria de nuestros días está ya cada vez menos en condiciones de emplear tales hombres. La industria que funciona de modo planificado merced al esfuerzo común de toda la sociedad presupone con más motivo hombres con aptitudes desarrolladas universalmente, hombres capaces de orientarse en todo el sistema de la producción. Por consiguiente, desaparecerá del todo la división del trabajo, minada ya en la actualidad por la máquina, la división que hace que uno sea campesino, otro, zapatero, un tercero, obrero fabril, y un cuarto, especulador de la bolsa. La educación dará a los jóvenes la posibilidad de asimilar rápidamente en la práctica todo el sistema de producción y les permitirá pasar sucesivamente de una rama de la producción a otra, según sean las necesidades de la sociedad o sus propias inclinaciones. Por consiguiente, la educación los liberará de ese carácter unilateral que la división actual del trabajo impone a cada individuo. Así, la sociedad organizada sobre bases comunistas dará a sus miembros la posibilidad de emplear en todos los aspectos sus facultades desarrolladas universalmente. Pero, con ello desaparecerán inevitablemente las diversas clases. Por tanto, de una parte, la sociedad organizada sobre bases comunistas es incompatible con la existencia de clases y, de la otra, la propia construcción de esa sociedad brinda los medios para suprimir las diferencias de clase.

De ahí se desprende que ha de desaparecer igualmente la oposición entre la ciudad y el campo. Unos mismos hombres se dedicarán al trabajo agrícola y al industrial, en lugar de dejar que lo hagan dos clases diferentes. Esto es una condición necesaria de la asociación comunista y por razones muy materiales. La dispersión de la población rural dedicada a la agricultura, a la par con la concentración de la población industrial en las grandes ciudades, corresponde sólo a una etapa todavía inferior de desarrollo de la agricultura y la industria y es un obstáculo para el progreso, cosa que se hace ya sentir con mucha fuerza.

La asociación general de todos los miembros de la sociedad al objeto de utilizar colectiva y racionalmente las fuerzas productivas; el fomento de la producción en proporciones suficientes para cubrir las necesidades de todos; la liquidación del estado de cosas en el que las necesidades de unos se satisfacen a costa de otros; la supresión completa de las clases y del antagonismo entre ellas; el desarrollo universal de las facultades de todos los miembros de la sociedad merced a la eliminación de la anterior división del trabajo, mediante la educación industrial, merced al cambio de actividad, a la participación de todos en el usufructo de los bienes creados por todos y, finalmente, mediante la fusión de la ciudad con el campo serán los principales resultados de la supresión de la propiedad privada.

XXI. ¿Qué influencia ejercerá el régimen social comunista en la familia?

Las relaciones entre los sexos tendrán un carácter puramente privado, perteneciente sólo a las personas que toman parte en ellas, sin el menor motivo para la ingerencia de la sociedad. Eso es posible merced a la supresión de la propiedad privada y a la educación de los niños por la sociedad, con lo cual se destruyen las dos bases del matrimonio actual ligadas a la propiedad privada: la dependencia de la mujer respecto del hombre y la dependencia de los hijos respecto de los padres. En ello reside, precisamente, la respuesta a los alaridos altamente moralistas de los burguesotes con motivo de la comunidad de las mujeres, que, según éstos, quieren implantar los comunistas. La comunidad de las mujeres es un fenómeno que pertenece enteramente a la sociedad burguesa y existe hoy plenamente bajo la forma de prostitución. Pero, la prostitución descansa en la propiedad privada y desaparecerá junto con ella. Por consiguiente, la organización comunista, en lugar de implantar la comunidad de las mujeres, la suprimirá.

XXII. ¿Cuál será la actitud de la organización comunista hacia las nacionalidades existentes?

- Queda 2.

XXIII. ¿Cuál será su actitud hacia las religiones existentes?

- Queda.

XXIV. ¿Cuál es la diferencia entre los comunistas y los socialistas?

Los llamados socialistas se dividen en tres categorías.

La primera consta de partidarios de la sociedad feudal y patriarcal, que ha sido destruida y sigue siéndolo a diario por la gran industria, el comercio mundial y la sociedad burguesa creada por ambos. Esta categoría saca de los males de la sociedad moderna la conclusión de que hay que restablecer la sociedad feudal y patriarcal, ya que estaba libre de estos males. Todas sus propuestas persiguen, directa o indirectamente, este objetivo. Los comunistas lucharán siempre enérgicamente contra esa categoría de socialistas reaccionarios, pese a su fingida compasión de la miseria del proletariado y las amargas lágrimas que vierten con tal motivo, puesto que estos socialistas:

1) se proponen un objetivo absolutamente imposible;

2) se esfuerzan por restablecer la dominación de la aristocracia, los maestros de gremio y los propietarios de manufacturas, con su séquito de monarcas absolutos o feudales, funcionarios, soldados y curas, una sociedad que, cierto, estaría libre de los vicios de la sociedad actual, pero, en cambio, acarrearía, cuando menos, otros tantos males y, además, no ofrecería la menor perspectiva de liberación, con ayuda de la organización comunista, de los obreros oprimidos;

3) muestran sus verdaderos sentimientos cada vez que el proletariado se hace revolucionario y comunista: se alían inmediatamente a la burguesía contra los proletarios.

La segunda categoría consta de partidarios de la sociedad actual, a los que los males necesariamente provocados por ésta inspiran temores en cuanto a la existencia de la misma. Ellos quieren, por consiguiente, conservar la sociedad actual, pero suprimir los males ligados a ella. A tal objeto, unos proponen medidas de simple beneficencia; otros, grandiosos planes de reformas que, so pretexto de reorganización de la sociedad, se plantean el mantenimiento de las bases de la sociedad actual y, con ello, la propia sociedad actual. Los comunistas deberán igualmente combatir con energía contra estos socialistas burgueses, puesto que éstos trabajan para los enemigos de los comunistas y defienden la sociedad que los comunistas quieren destruir.

Finalmente, la tercera categoría consta de socialistas democráticos. Al seguir el mismo camino que los comunistas, se proponen llevar a cabo una parte de las medidas señaladas en la pregunta... 3, pero no como medidas de transición al comunismo, sino como un medio suficiente para acabar con la miseria y los males de la sociedad actual. Estos socialistas democráticos son proletarios que no ven todavía con bastante claridad las condiciones de su liberación, o representantes de la pequeña burguesía, es decir, de la clase que, hasta la conquista de la democracia y la aplicación de las medidas socialistas dimanantes de ésta, tiene en muchos aspectos los mismos intereses que los proletarios. Por eso, los comunistas se entenderán con esos socialistas democráticos en los momentos de acción y deben, en general, atenerse en esas ocasiones y en lo posible a una política común con ellos, siempre que estos socialistas no se pongan al servicio de la burguesía dominante y no ataquen a los comunistas. Por supuesto, estas acciones comunes no excluyen la discusión de las divergencias que existen entre ellos y los comunistas.

XXV. ¿Cuál es la actitud de los comunistas hacia los demás partidos políticos de nuestra época?

Esta actitud es distinta en los diferentes países. En Inglaterra, Francia y Bélgica, en las que domina la burguesía, los comunistas todavía tienen intereses comunes con diversos partidos democráticos, con la particularidad de que esta comunidad de intereses es tanto mayor cuanto más los demócratas se acercan a los objetivos de los comunistas en las medidas socialistas que los demócratas defienden ahora en todas partes, es decir, cuanto más clara y explícitamente defienden los intereses del proletariado y cuanto más se apoyan en el proletariado. En Inglaterra, por ejemplo, los cartistas 4, que constan de obreros, se aproximan inconmensurablemente más a los comunistas que los pequeñoburgueses democráticos o los llamados radicales.

En Norteamérica, donde ha sido proclamada la Constitución democrática, los comunistas deberán apoyar al partido que quiere encaminar esta Constitución contra la burguesía y utilizarla en beneficio del proletariado, es decir, al partido de la reforma agraria nacional.

En Suiza, los radicales, aunque constituyen todavía un partido de composición muy heterogénea, son, no obstante, los únicos con los que los comunistas pueden concertar acuerdos, y entre estos radicales los más progresistas son los de Vand y los de Ginebra.

Finalmente, en Alemania está todavía por delante la lucha decisiva entre la burguesía y la monarquía absoluta. Pero, como los comunistas no pueden contar con una lucha decisiva con la burguesía antes de que ésta llegue al poder, les conviene a los comunistas ayudarle a que conquiste lo más pronto posible la dominación, a fin de derrocarla, a su vez, lo más pronto posible. Por tanto, en la lucha de la burguesía liberal contra los gobiernos, los comunistas deben estar siempre del lado de la primera, precaviéndose, no obstante, contra el autoengaño en que incurre la burguesía y sin fiarse en las aseveraciones seductoras de ésta acerca de las benéficas consecuencias que, según ella, traerá al proletariado la victoria de la burguesía. Las únicas ventajas que la victoria de la burguesía brindará a los comunistas serán: 1) diversas concesiones que aliviarán a los comunistas la defensa, la discusión y la propagación de sus principios y, por tanto, aliviarán la cohesión del proletariado en una clase organizada, estrechamente unida y dispuesta a la lucha, y 2) la seguridad de que el día en que caigan los gobiernos absolutistas, llegará la hora de la lucha entre los burgueses y los proletarios. A partir de ese día, la política del partido de los comunistas será aquí la misma que en los países donde domina ya la burguesía.

Escrito en alemán por F. Engels a fines de octubre y en noviembre de 1847. Se publica de acuerdo con el manuscrito. Publicado por vez primera como edición aparte en 1914.

NOTAS

[1] Aquí Engels deja en blanco el manuscrito para redactar luego la respuesta a la pregunta IX.

[2] En el manuscrito, en lugar de respuesta a la pregunta 22, así como a la siguiente, la 23, figura la palabra «queda». Por lo visto, estima que la respuesta debía quedar en la forma que estaba expuesta en uno de los proyectos previos, que no nos han llegado, del programa de la Liga de los Comunistas.

[3] En el manuscrito está en blanco ese lugar; trátase de la pregunta XVIII.

[4] Se les llamó Chartists o cartistas los participantes en el movimiento obrero de Gran Bretaña entre los años 1830s y 1850s que se libró con la reivindicación de la aprobación de una "Carta del Pueblo" que garantize, entre otras cosas, el sufragio universal.